Jesus reivindica para si exclusividade de fé como condição para se chegar a Deus
Para a cosmovisão cristã, o senso comum religioso adota uma narrativa distorcida sobre o conceito de “fé” atrelado à figura de Jesus. Ela geralmente está associada ao ditado popular de que “todos os caminhos levam à Roma”.
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Ora, no âmbito da Teologia judaico-cristã, por outro lado, tal ideia é um erro fatal. Tanto o Antigo Testamento quanto o Novo (primeira e segunda alianças) reivindicam para si uma autoridade que se distingue de qualquer outro texto religioso existente no mundo.
Outras tradições que, antropologicamente, são confundidas com o texto bíblico, como a de Gilgamesh, Enûma Eliš e às incas, na verdade, apenas sintetizaram os anseios humanos que foram ecoados nas milhares de crenças antropomorfizadas pela humanidade.
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“EU SOU O CAMINHO, a verdade e a vida”, disse o Logos de Deus (Jesus Cristo, em João 14:6). “Àquele que crer em mim, como diz as Escrituras, rios de água viva fluirão em seu ventre” (João 7:38).
Como podemos notar de forma muito clara, a hermenêutica de Cristo centra na autoridade das “Escrituras” o reconhecimento de si mesmo como o Messias prometido. Não é uma conjectura filosófica ou mística, fruto das miríades de religiões cívicas que existiram em sua época. É uma atribuição de plena confiança em dados documentados a seu respeito.
Por essa razão, Jesus nunca se apresentou como uma entre outras supostas “alternativas” para se chegar a Deus. Ele disse claramente “Eu sou o caminho”, frisando que “ninguém vem ao Pai, senão por mim”. É de exclusividade que Ele se refere, e não de opção.
Teologicamente, a narrativa de Jesus sobre si mesmo aponta o reconhecimento da “Lei e dos Profetas” como veículos de autenticação sobre a sua natureza e missão, provados historicamente no cumprimento das centenas de profecias a seu respeito.
Não estamos falando, portanto, de um ser místico, mas da concretização do que todas às culturas antes e depois dEle (até hoje) anunciaram em seus ritos como sendo o “SALVADOR”, a “lenda” ou, na filosofia, como o “Logos”.
O Evangelho de Cristo, portanto, não surgiu como um escrito entre tantos outros, mas como o ÚNICO CAMINHO para que os que desejam chegar a Deus possam, através disso, ter conhecimento confiável sobre Ele. E tal caminho não se trata de crença, mas de FÉ.
E a fé, por sua vez, não é misticismo. Ela é a RAZÃO depositada nos feitos de Jesus Cristo, uma figura que embora para nós, cristãos, seja divina, também reside na história como alguém que viveu entre nós.