Jesus e a solidão: o que o jejum no deserto também ensina aos cristãos

Quando Jesus esteve em jejum, o seu contexto foi de deserto. O foco no relato de Mateus 4:1,2, por exemplo, está sobre a privação de alimento lado à tentação de Satanás, mas também existe algo vivenciado pelo Senhor nessa experiência que é pouco dito:
Cristo não experimentou apenas a fome, mas também a profunda solidão.

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A mesma solidão que enfrentou Elias (1 Reis 19:4) e tantos outros servos de Deus ao longo de suas caminhadas. Não foi por acaso, portanto, que Cristo se retirou para o deserto, afinal, Ele poderia ter jejuado na presença dos seus discípulos.

A retirada para o deserto sugere que Jesus quis passar também pelo jejum da solidão, no sentido de se privar da companhia de pessoas, e assim como é sacrificante não comer, ou beber, também foi para o Senhor ficar 40 dias isolado dos seus irmãos.

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Aqui notamos, também, que é na solidão onde muitas vezes Satanás se aproveita para investir de forma ainda mais pesada contra nossas vidas, e foi assim com Jesus. Não foi apenas a fome que pesou sobre o Senhor. Sem dúvida a solidão também!

Eis o motivo pelo qual a Igreja de Cristo possui um papel crucial no cuidado uns dos outros: para que não estejamos sozinhos, mas sempre acompanhados.

E esse cuidado vai muito além da presença física. Na verdade, ele envolve a presença afetiva, no sentido de ter atenção para com os tipos de sofrimentos muitas vezes não ditos, mas que estão lá, sofridos em “solidão” por irmãos e irmãs, cada qual em momentos muitas vezes de deserto.

Jesus venceu o jejum da fome e da solidão, pois esta foi a sua missão, por amor à humanidade, mas será que todos são capazes de passar pelo mesmo desafio? Será que todos escolhem desertos para enfrentar às piores ciladas de Satanás? Sabemos que não, por isso devemos pensar, olhar e agir como Igreja, sempre!

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