Bolsonaro: “Jamais trocaria a minha alma pelo aplauso de meia dúzia de vagabundos”

O presidente Jair Bolsonaro voltou a utilizar as suas redes sociais para tecer críticas aos seus adversários, fazendo um comparativo dos governos anteriores e o seu. Nas entrelinhas, o chefe do Planalto quis defender o seu compromisso com a verdade, argumentando que no passado a população era enganada por medidas políticas de fachada. Leia a íntegra, abaixo:

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“Durante muito tempo o Brasil viveu num mundo de aparências, anestesiado por uma falsa sensação de paz e harmonia propagada pela mídia, onde políticos, com palavras agradáveis, falavam o que o povo queria ouvir, enquanto, no apagar das luzes, conspiravam contra esse mesmo povo.

Esse mundo afastou os brasileiros e seus valores das decisões políticas do país, permitiu florescer em nosso solo um dos maiores esquemas de corrupção do planeta e fez com que alcançássemos níveis de violência semelhantes a nações em guerra civil. Estes não são sintomas de paz!

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Na aparência, o mal pode ser facilmente confundido com o bem. A vantagem acaba sendo de quem finge mais. Eu poderia muito bem me adequar a isso e me tornar a voz do establishment, mas jamais trocaria a minha alma e a minha consciência pelo aplauso de meia dúzia de vagabundos.

Sei que a forma que me expresso pode não agradar. Infelizmente é o meu jeito. Nasci e vou morrer assim. Mas a beleza da verdade está em si e não em sua aparência, por isso a verdade dura sempre será melhor do que a mentira afável. E, maior que nossas palavras, são nossas ações.

Durante meu governo estivemos sempre ao lado do povo. Nenhuma das medidas que atentaram e atentam contra a Constituição e a liberdade dos brasileiros foi tomada por nós. Pelo contrário, fomos escravos da verdadeira carta de nossa democracia. A realidade sobrepõe as aparências.

O pior dos discursos jamais será mais grave do que a menor das violações de direitos, mesmo fantasiada de justiça. Na história, perseguições sempre foram fundamentadas desta forma e promovidas gradativamente. O final inevitável deste caminho autoritário é a completa tirania.

Uma ação autoritária nunca é assim chamada por seu autor. Pelo contrário, ela aparenta combater supostas ameaças para que seja legitimada. Assim, abusos podem ser cometidos sob o pretexto de enfrentar abusos. Esse é o mal das aparências, elas favorecem os verdadeiros tiranos.”

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